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domingo, 25 de outubro de 2015

Mobilidade ativa custa pouco e faz bem à economia

Melhorar calçadas, arborizar ruas e construir ciclovias faz bem ao tráfego, reduz a poluição e torna as pessoas e cidades mais saudáveis e competitivas

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (14) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) reitera aquilo que todos já sabemos: no Brasil o transporte público vai mal, e as pessoas estão perdendo cada vez mais tempo paradas no trânsito.
A novidade é que a situação se agravou em comparação com os dados de 2011: naquele ano, 26% dos entrevistados perdiam mais de uma hora por dia em seus deslocamentos; agora são 31%. O quadro é ainda pior nas cidades com mais de 100 mil habitantes, onde 39% gastam mais de uma hora por dia nas viagens cotidianas. E há uma parcela que perde de duas a mais de três horas diárias.

A CNI realiza essa pesquisa porque o trânsito afeta a produtividade do trabalhador - que chega cansado ao trabalho - e, consequentemente, a competitividade da indústria. Enfim, a irracionalidade no transporte urbano do Brasil faz o país menos competitivo no cenário mundial.
É claro que as cidades necessitam sistemas racionais de trens, bondes, além de corredores de ônibus e outras modalidades de transporte de média e alta capacidade. Mas, em tempos de crise, construir calçadas e implantar faixas e semáforos de pedestres pode ser um programa barato e muito eficiente para melhorar a fluidez das cidades. Quantas viagens de carro poderiam ser economizadas se os passeios públicos fossem dignos desse nome?

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